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Obra

Criamos nossa obra no andamento e tom de nossas escolhas, em conversas e debates sem prazo, por experimentos poéticos e sonoros individuais e partilhados, por urgências que nos impomos.

Com melodias, ritmos, palavras, lembranças, estórias expectativas e acontecimentos reais ou imaginários advindos de passados que não passaram, de presenças que ainda são/estão, por autorias de nossa época ou engastadas nas memórias de muitos.

Projetos

Álbuns e outros registros de Os Tapes

Lps. Canto da Gente 1975 (Marcus Pereira), 03 volumes da coleção Música Popular do Sul da Marcus Pereira (1975) Não Tá Morto Quem Peleia, 1978 (Marcus Pereira), Os Tapes 1982 (Cantares) e o CD Estações das Águas 2002 (Independente) registram Obras de Os Tapes e interpretações de obras de DP e de Outros Autores. Parte expressiva delas, registradas em fitas cassetes com apresentações ao vivo, esperamos possa ser recuperada e disponibilizada. À exceção das obras inscritas nas 03 edições da Califórnia da Canção Nativa de Uruguaiana (1972-74), não tínhamos intenção de registrá-las em LPs. Isto mudou quando, Carolina de Andrade, ao ler, na portaria de Hotel em Tapes onde estava hospedada, decidiu conferir o evento anunciado por um cartaz: Hoje, 19 de maio de 1975 no CEART, tem SEXTA SOM. Na época, em andanças pelo Sul, Carolina observava, entre outras manifestações populares, cantorias de ternos de Reis na Região para integrarem a Coleção Música Popular da Região Sul, da Gravadora Marcus Pereira. Esse encontro fortuito impactou a nós e a Carolina. Ela, segundo suas palavras, pelo que viu, ouviu em nosso pequeno teatro, quase de Arena – espaço de arte e convivência com nossos visitantes e artistas das cercanias e de lugares mais distantes. Nós – impactados pelo projeto da gravadora que Carolina e Marcus, nos convidaram para discutir e compartilhar. Esse encontro nascido de acasos da vida, fortaleceu-se nas conversas e, sobretudo, na estima e honrosa parceria que nos legou, bem mais que registros de nossa obra, a convivência, o afeto e a admiração que partilhamos em São Paulo, Rio e nas visitas que Carolina e Marcus fizeram ao Sul e a Tapes.