Funeral Guarany
Álvaro Barbosa Cardoso, José Waldir Garcia e José Rafael Koller.
Canção de um índio morto…
Nas vozes de índio
Selvagem canção
São sombras que gemem de brava nação
Cidades e campos, restaram ruínas
Restos de um povo
Amor disciplina
Canção de um índio morto
(Declamado)
De amor pela terra
A guerra nasceu
Sem ela sou nada
Meu povo morreu
Canção de um índio morto…
Pedro Guará
Cláudio Boeira Garcia e José Cláudio Leite Machado
Num lamento, chegou o minuano
Anunciando o último inverno
E o orvalho chorou nas campinas
E o céu enlutou as estrelas
Pedro guára, sentia mais forte
Cheiro da terra, o vento, o do sul
Entrava no rancho, no calor do braseiro
Mateava a espera
Do tempo chegar
Pedro guára, viveu aragano
Camperiando manhãs distantes
E passando plantava alegria
O riso ficava quando partia
Pedro guára, partiu sem rastro
Fruto maduro, na volta pra terra
Rasgando um riso
Seu último gesto
Sumiu da serra
Não vai mais cantar
Peão Velho
Álvaro Barbosa Cardoso, José Cláudio Leite Machado
Madrugada, me encontra sentado
Olhar quebrado na espreita do sol
Deita no campo
No desencanto, do ser nada
Tempo foi gasto
No quebrar geada
Tanger a tropa, correr estrada
Prá acabar em nada
Riqueza conforto, mão calejada
Passou como o vento
Apenas o tempo
Ficou pra contar.
O sonho perdido do piá calça curta
Que o corpo cansado
Mantém cá por dentro
Corre corre o minuano
Assovia o meu lamento